quarta-feira, 14 de março de 2012

Mais Uma Curta de Amor.

Me pediram pra que eu fizesse uma crônica curta, com no máximo sei lá quantas palavras. Pior, que fosse sobre o amor. Eu me sentiria melhor e faria resumos fáceis se o assunto fosse algo como a camada de ozônio, de onde viemos ou pra onde vamos. Acho que eu até poderia escrever em duas ou três linhas, mas sobre o amor! É complicadíssimo, pra não dizer desafiador.

Desafiador e revelador. Descobri, depois dessa incumbência que gosto muito de escrever, só não sei escrever. E que no amor acontece a mesma coisa. Quantas coisas escrevi que de nada valeram e quantos amores vivi que não chegaram a lugar algum. Não há um masoquista aqui e nem eu me arrependo de amores mal vividos. Só estou surpreso com um fato novo que ainda não tinha percebido.

Eu devia ter esperado mais, ouvido mais, sentido mais. Coloco vírgulas desnecessárias e mudo de assunto rapidamente e as vezes o texto se perde e fica muito longo. Assim como quando amava, amava demais; e isso desgasta, enclausura e consome. Isso de resumir sobre o amor é de muito mau gosto por parte da editora, mas me sinto grato pela descoberta e ainda tenho umas cinquenta palavras.

Não tem como falar de amor sem que haja uma história, um enredo pra que se inicie a contá-lo. Por ter que economizar palavras, aqui só vou poder lembra-lo. Lembrar-se de um amor, isso mesmo! Uma lembrança não demora mais que alguns segundos, você se recorda de tudo num piscar de olhos. Há o resumo de uma história de amor na lembrança de um olhar, daqueles que quando você fecha os olhos, não tem vontade de abri-lo. Tão curta e breve é a vida, como um grande amor, como esse texto, como um olh..

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